Porque Não Te Calas !?...
... - invectivou Juan Carlos, rei de Espanha, o realista mágico Hugo Chavez. Tivesse o nosso Aníbal Sócrates tido de tomar tal atitude e as capas na comunicação social dedicada à Cimeira Ibero-Americana relatariam:
- Ex. mº Senhor Presidente, por que não se cala V.Exª !?
Isto, considerando que seria mantido o tom imperativo da sentença, embora combinando de uma forma que só os portugueses o conseguem, o tratamento distinto e distante na segunda pessoa do plural com o hierárquicamente estratificado título, refinando o todo com a excelência, a eminência e o mérito da distinção. Pior seria, caso o comentário incluisse o indecoroso e saloio “você”, forma artificial de aproximação dos níveis ou de demonstração de possível mas respeitosa cumplicidade entre os interlocutores.
Os dinamarqueses, não há muito tempo, decidiram por referendo nacional que passariam a “tratar-se por tu”, os espanhois já o fazem de um modo de tal forma espontâneo que parece que andaram juntos, todos, na tropa e os ingleses conseguem manter as aparências com a elegância do seu diplomático e ambíguo you. E até mesmo os franceses já dão sinais de mudança nesta temática.
Quando decidiremos então nós, diligentes personagens nesta periférica república, dar os passos necessários para encurtar as distâncias que nos separam nas cenas que temos de partilhar? Quando abandonaremos o salazarérrimo “Ex.mos Senhores” e os formólicos ”Sr. Doutor” ? Quando meteremos nas nossas (de)forma(ta)das cabeças que qualquer estatuto, seja social, profissional, hierárquico ou pato-bravamente económico, é de facto uma responsabilidade e não uma cátedra que mereça especial deferência?
Como a quem pode não convém, há que persistir na promoção de uma comunicação e relacionamento naturais entre nós, cabe-me a mim e a ti, subir os degraus, dois a dois, nessa direcção. E aqui fica um repto ( que por restrita divulgação, aliás, te estimulo a apregoar): a ti, jornalista de uma qualquer televisão nacional, tal te garantirá tempo de antena por várias semanas e merecido reconhecimento de muitos compatriotas por longos anos, para, quando entrevistares o Santana, o Louçã (este é mais fácil!...), o Jardim, o Belmiro ou o Ministro dos Assuntos Inócuos, lhes perguntes, com modos absolutamente correctos e educados:
- O que pensas das conclusões da Cimeira Ibero-Americana?
- Ex. mº Senhor Presidente, por que não se cala V.Exª !?
Isto, considerando que seria mantido o tom imperativo da sentença, embora combinando de uma forma que só os portugueses o conseguem, o tratamento distinto e distante na segunda pessoa do plural com o hierárquicamente estratificado título, refinando o todo com a excelência, a eminência e o mérito da distinção. Pior seria, caso o comentário incluisse o indecoroso e saloio “você”, forma artificial de aproximação dos níveis ou de demonstração de possível mas respeitosa cumplicidade entre os interlocutores.
Os dinamarqueses, não há muito tempo, decidiram por referendo nacional que passariam a “tratar-se por tu”, os espanhois já o fazem de um modo de tal forma espontâneo que parece que andaram juntos, todos, na tropa e os ingleses conseguem manter as aparências com a elegância do seu diplomático e ambíguo you. E até mesmo os franceses já dão sinais de mudança nesta temática.
Quando decidiremos então nós, diligentes personagens nesta periférica república, dar os passos necessários para encurtar as distâncias que nos separam nas cenas que temos de partilhar? Quando abandonaremos o salazarérrimo “Ex.mos Senhores” e os formólicos ”Sr. Doutor” ? Quando meteremos nas nossas (de)forma(ta)das cabeças que qualquer estatuto, seja social, profissional, hierárquico ou pato-bravamente económico, é de facto uma responsabilidade e não uma cátedra que mereça especial deferência?
Como a quem pode não convém, há que persistir na promoção de uma comunicação e relacionamento naturais entre nós, cabe-me a mim e a ti, subir os degraus, dois a dois, nessa direcção. E aqui fica um repto ( que por restrita divulgação, aliás, te estimulo a apregoar): a ti, jornalista de uma qualquer televisão nacional, tal te garantirá tempo de antena por várias semanas e merecido reconhecimento de muitos compatriotas por longos anos, para, quando entrevistares o Santana, o Louçã (este é mais fácil!...), o Jardim, o Belmiro ou o Ministro dos Assuntos Inócuos, lhes perguntes, com modos absolutamente correctos e educados:
- O que pensas das conclusões da Cimeira Ibero-Americana?
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