Destroços
...derrubados, com rasgões bem visíveis na carne inerte,...
...despojos desprezados, indistintos, em lixeiras de almas,...
...despontarão tenazes, viçosos mesmo, em cíclicas e revoltosas primaveras,...
Mas porquê incomodarmo-nos com o fim do mundo? Todos os dias é o fim do mundo, para alguém. O tempo sobe e sobe, e quando chega ao nível dos nossos olhos, afogamo-nos.
O Assassino Cego - Margaret Atwood
6 Comments:
Vem mesmo a propósito a foto Paulo.
Cheguei a Póvoa e vi que a Camara derrubou um eucalipto que tinha mais idade que o Presidente da Camara. Perguntei na rua a uma pessoa que passava porquê e a razão invocada é que sujava o passeio.
É incrivel. No Japão fotografei uma casa que tinha uma reentrancia que encurtava o quarto para não deitar abaixo uma arvore que lá estava e aqui fazem este atentado. Nas Correntes vou dizer que a Povoa esta de parabens pela cultura das Correntes mas que os eucaliptos também fazem parte da cultura portuguesa e quem não percebe isso apenas finge ser culto não o é efectivamente.
Culturas!...
Algumas das fotos parecem abstrações e todas estão muito bem captadas. Para mim, elas são consideradas fotojornalismo pois denunciam um abuso que fazem com as árvores.
Os sinais de violência conseguem ser muito discretos, dissimulados...
Obrigado, Roberto.
uma das árvores deu lugar a uma cidade liliputiana. já não se perdeu tudo.
...depende dos habitantes; se forem térmitas, perde-se mesmo tudo, Francisco.
Enviar um comentário
<< Home