30 setembro, 2010

Santuário


Erguem-se desde o mar perante os nossos olhos, quais presas e mandíbula de uma submersa e imensa criatura, um gigante que aprisiona nas suas entranhas cemitérios com os despojos de antigos e incautos navios.

...

Fomos, ao longo de todo o caminho, sendo fustigados pelos salpicos e pelo vento, que nos afagaram a pele com a essência que tonifica os profanadores e os ímpios, aqueles, que quando se aproximam, as aves marinhas vigilantes ostensivamente mantêm em respeito.
Por fim, diluídos no mergulho ao longo do relevo das suas paredes abruptas, guiados por gorgónias azuis e por cintilantes nudibrânqueos, intrusos sob uma sobrenatural serenidade, acercámo-nos da vasta gruta que, de lado a lado, trespassa a pedra imponente.
Desvendavam-se então os segredos de todo aquele mundo... ; mas não temam, que apenas os mais prosaicos!
Aos verdadeiros mistérios dos Farilhões apenas acederão os que detêm as chaves dos códices de Neptuno...





6 Comments:

Anonymous mdp said...

dos cenários mais simples e bonitos que já vi numa foto (quase) a dois tons. :)

01 outubro, 2010  
Blogger Windtalker said...

Um momento priveligiado, sem dúvida... Eu apenas estava lá!

01 outubro, 2010  
Blogger Unknown said...

Sopram rajadas de puro bom gosto neste magistral cabo dos ventos. Muitos parabéns pelo magnífico blog que já mora, destacado, na minha lista dos eleitos.

02 outubro, 2010  
Blogger Windtalker said...

Obrigado José Luis!
Lá vou ter que continuar a tentar manter a fasquia elevada...

03 outubro, 2010  
Blogger the dear Zé said...

Uma foto que arrisca ser um risco. Excelente.
E boa noite e desculpe entrar assim sem bater nem nada, vou-me já embora.

13 outubro, 2010  
Blogger Windtalker said...

Obrigado Caçador!
Volte sempre, sem cerimónias.

14 outubro, 2010  

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