Setembro
Esvai-se, sedutor, rumo ao desabrochar do equinócio com um espreguiçar indolente e frívolo, embora ainda reverberante das frenéticas titilações do estio.
Há-de ainda rejubilar, esplêndido, com dardejantes e coloridos fulgores que os seres, as coisas e a paisagem absorverão sôfregamente, numa derradeira ânsia vital, intuindo a próxima - aquela tão baça e húmida - estação.
Em Setembro, algures no seu percurso, o futuro fica em suspenso e dissolve-se. É já e só, longe, muito depois de amanhã.
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2 Comments:
A sua poesia é rica... e as fotos estãolindíssimas!
Obrigada pela visita no meu cantinho... Apareça quando quiser.
Beijos.
Benditos elogios!
Claro que passarei...
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