15 julho, 2007

WHW

Há um aspecto determinante na vida actual que é sintomático da evolução das espécies e dos tempos. Refiro-me a algumas doenças que no século passado eram obrigatórias, quais praxes a que toda a criança, salvo raras excepções, estava sujeita durante a sua recruta na vida, normalmente associadas a desconcertantes e caseiros tratamentos com origens medievas.
Que é feito do preocupante sarampo, da desconfortável papeira, da terrivel escalatina e outras maleitas hoje quase tão remotas como a raiva? Contestar-me-ão, com toda a propriedade, que os planos de vacinação, que os progressos no campo da saúde e dos hábitos preventivos, das estratégias de rodomização e assepsia sociais, bla e bla....
Pois eu sinto-me desiquilibrado por nenhum catraio que eu hoje conheça ter tido rubéola, entusiasmo-me com algum caso de varicela, mesmo que o infeliz seja um amigo da minha idade e que pelo facto possa ficar com aparência de uma joaninha gigante, e quase lamento que as minhas filhas não tenham tido que passar por esse ancestral ritual de debutantes que era a sistemática dose de sarampo.Nos dias digitais de hoje, as coisas são efectivamente muito mais simples, tecnológicamente simbióticas. Os miúdos acabam por ser como os computadores, seus apêndices naturais ex-machina. Apanham virus... montes de virus!



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